Venda mundial de música sobe pela primeira vez desde 1999

A venda de música no mundo subiu em 2012 pela primeira vez desde 1999, apontou nesta terça-feira (26) a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).

As vendas aumentaram 0,3% e alcançaram um total de 16,5 bilhões de dólares, anunciou a IFPI, que representa 1.400 companhias fonográficas.

A IFPI esclareceu que os downloads legais de portais da Internet, assim como as novas fontes de receita, se desenvolveram o suficiente para compensar a baixa da venda de CDs.

As receitas do setor digital aumentaram 9% em 2012 e representaram 34% das receitas totais. Foram baixados legalmente cerca de 4,3 bilhões de canções e álbuns.

As assinaturas para se escutar canções, com ou sem publicidade, aumentaram 44% e contaram com 20 milhões de usuários em 2012.

No entanto, “os downloads ilegais e gratuitos de música persistem em nossos mercados”, declarou o diretor-geral da IFPI, Frances Moore.

A cantora pop canadense Carly Rae Jepsen liderou as vendas mundiais de singles em 2012 com sua canção “Call Me Maybe”, que vendeu 12,5 milhões de exemplares, seguido do belga-australiano Gotye, com sua balada “Somebody I Used To Know (11,8 milhões de exemplares vendidos).

Fonte: Terra

Musicais com sotaque brasileiro

por Vanessa Jurgenfeld

Um nova fase começa a ser vivida pelos espetáculos musicais no Brasil. Depois do sucesso de “Tim Maia – Vale Tudo” – que estreou em 2011 e ainda está em cartaz no Rio -, o conteúdo nacional, voltado a biografias de artistas brasileiros e temas que conduzem o espectador aos anos 1970 e 1980, virou a aposta das produtoras para 2013 e 2014.

As produções vão desde “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, homenagem aos 50 anos de carreira do cantor, em cartaz até março no Rio, a “Rock in Rio”, história ficcional em cima do famoso festival de música carioca, que estreou no Rio neste mês.

Mas os planos das produtoras são maiores e devem se estender às biografias de Elis Regina (1945 – 1982) e Cazuza (1958 -1990), além de espetáculos como “Dancin’ Days” – ficção em torno da boate criada por Nelson Motta no Rio, nos anos 1970, marcada pelas Frenéticas e pela “disco music” – e “Chacrinha”, musical que relembrará as tardes de domingo com um dos famosos comunicadores do país, morto em 1988.

“O Brasil está encontrando sua forma própria [de fazer musicais]. Há uma evolução desse tipo de produto no país”, diz Leo Ganem, presidente da Geo Eventos.

Os musicais ganharam fôlego no começo dos anos 2000, quando o mercado começava a experimentar o conteúdo internacional trazido pela empresa Time for Fun (T4F), como “Les Misérables”. Entre 2008 e 2009, num segundo momento do setor, novas produtoras apareceram e patrocinadores passaram a investir mais no segmento. Alguns teatros foram reinaugurados, com vocação para o gênero, como o Oi Casa Grande, no Rio. Na esteira, surgiu um eixo de musicais entre Rio e São Paulo.
O importado “O Rei Leão” é a principal aposta da T4F no ano

“Até 2008, havia produção de musicais da Broadway no modelo franquia apenas para São Paulo e só uma grande empresa operando. O espetáculo era produzido lá fora e chegava aqui só para ser executado”, afirma Fernando Campos, sócio da empresa Aventura.

Agora, o setor está num terceiro momento. “Muita gente foi estudar fora e já existem escolas de ator só para musicais. Grandes atores, que não sabiam se queriam fazer esse tipo de espetáculo, hoje gritam para fazer um musical. Há também diretores de TV indo para musicais, como Daniel Filho [do musical “Se Eu Fosse Você”] e Pedro Vasconcellos [de “Tudo por um Pop Star”]”, diz Campos.

Entre atores e técnicos, o entendimento é que o conteúdo nacional abriu novo mercado, no qual hoje os artistas brasileiros estariam em condições de igualdade com os estrangeiros, “caindo um tabu de que não tínhamos condições para atuar em musicais”, diz Ligia de Paula Sousa, presidente do Sated-SP, sindicato da categoria.

Há uma busca por especialização. Foi aprovado recentemente no Congresso dos Trabalhadores Artistas e Técnicos (Cetated-SP) a possibilidade de que técnicos paulistas conhecessem os espetáculos em Londres e Nova York para trocar experiências.

A onda de produções nacionais se ancora no sucesso de “Tim Maia – Vale Tudo”, produzido por Sandro Chaim. Há nesse movimento das produtoras uma tentativa de se diferenciar e, ao mesmo tempo, fugir das caras e concorridas produções da Broadway (Nova York) e West End (Londres), redutos tradicionais do gênero.

O conteúdo nacional é visto também como oportunidade de exportação. Chaim, que atualmente se envolve no musical “Cazuza”, quer levar “Tim Maia” para Portugal. Em associação com a XYZ Live, há planos de exportar outros conteúdos para a América Latina. “Ganhamos experiência e a visão de que existe um mercado a ser explorado. É uma tendência natural os produtores criarem suas próprias histórias. Faz parte de um amadurecimento profissional”, diz Chaim. O espetáculo “Rock in Rio”, produzido pela Aventura, está previsto para ir a Portugal, Espanha e há planos para levá-lo até mesmo a Broadway, em 2016, segundo Campos.

Nesse ritmo, outras cidades brasileiras também poderão entrar no circuito de musicais, além de Rio-São Paulo, como Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

“Carregar” espetáculos se tornou uma possibilidade especialmente para musicais nacionais em versões medianas – e não superproduções – e que, pelo próprio tamanho menor, possuem mais facilidade para transporte de equipamentos e elenco. “Milton”, “Rock in Rio” e “Elis” são alguns dos títulos que estão previstos para uma futura itinerância.

Mas os musicais com conteúdo nacional caíram de fato no gosto do brasileiro?

A julgar pelo sucesso de “Tim Maia”, há um bom sinal. O total de público passou de 300 mil pessoas (apenas como comparação, a megaprodução internacional “A Família Addams” teve 350 mil). Para Chaim, “é o boca a boca que garante a longevidade de uma temporada”. É cedo, no entanto, para afirmar que todo conteúdo nacional terá grande público.

Segundo o diretor Claudio Botelho, algumas obras não deveriam nem ser consideradas teatros musicais e estariam oferecendo mais do mesmo.

Sejam de qualidade ou não, o fato é que os musicais produzidos no país são custosos. Em geral gasta-se menos do que trazer uma produção consagrada no exterior. Segundo as produtoras, todas as produções dependem de patrocínio da Lei Roaunet para serem viáveis economicamente.

Para efeitos de comparação: espetáculos trazidos de fora e produzidos localmente, “A Família Addams” custou R$ 25 milhões; e “Mágico de Oz” (numa versão compacta), R$ 8 milhões, enquanto o nacional “Rock in Rio” custou R$ 12 milhões.

Fonte: Valor Econômico

Marcas querem aproximar-se dos clientes por meio do entretenimento

por Raul Perez

O setor de mídia e entretenimento alcançou US$ 1,6 trilhão em 2011 e deve atingir US$ 2,16 trilhões até 2016, número alavancado pelas plataformas digitais, segundo levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC). No Brasil, onde a expansão de uma nova classe econômica e novas regulamentações dos segmentos-chave desse mercado impulsionam ainda mais seu crescimento, grandes empresas intensificam a atenção dada aos investimentos na área, tentando, sobretudo, aproximar seus clientes.

Cristina Duclos, diretora de Imagem e Comunicação da Telefônica Vivo, acredita que investir em entretenimento é também fortalecer os vínculos do público com a marca, criando uma relação mais próxima. “Os eventos também são oportunidades de criar experiências únicas, que transmitam os valores e crenças da marca aos nossos clientes”, explica.

A empresa promove diversos projetos na área, como o Conexão Vivo, mostra itinerante de videoclipes e documentários musicais, e o Vivo Open Air, que exibe lançamentos do cinema em espaços abertos, sempre seguidos de um show ou uma festa. Cristina informa que os eventos são produzidos por agências especializadas sob a supervisão da área de Eventos e Patrocínios da empresa.

“Hoje, o patrocínio faz parte do roteiro de comunicação das empresas, é above the line, porque está na pizza de comunicação”, afirmou em entrevista ao site Meio & Mensagem Sergio Ajzemberg, presidente da produtora Divina Comédia, responsável pela produção do festival de música latina Telefônica Sonidos, que a partir deste ano deve passar a se chamar Vivo Sonidos – resultado da mudança da marca de produtos da empresa, que atingiu os serviços de telefonia fixa, internet e TV por assinatura.

Outra marca conhecida por apostar no modelo de brand content em eventos culturais é a Red Bull. Só neste ano já foram mais de uma dezena, na maior parte voltados à música. Alguns deles tiveram suas primeiras edições nacionais, como o Red Bull House of Art, residência artística que fomenta a produção de jovens artistas locais, e o Red Bull Technostalgia, prova do aumento do interesse da marca no país.

“Os eventos proprietários Red Bull têm a participação de curadores selecionados pela própria Red Bull. São pessoas ligadas às cenas com as quais os eventos conversam e que podem, a partir de sua bagagem profissional e experiência, falar com propriedade sobre o evento em si, sua dinâmica e o contexto no qual a iniciativa em questão está inserida”, informou a empresa à nossa reportagem.

Personalização – De acordo com a matéria “Inovação no setor de entretenimento é chave para atender consumidores exigentes”, do boletim Oportunidade & Negócios, publicado pelo Sebrae em fevereiro deste ano, os consumidores estão mais exigentes quanto à qualidade do serviço e do atendimento. Por causa disso, cinemas, casas de shows, teatros e outros serviços estão procurando personalizar seu trabalho.

“Hoje em dia, o consumidor quer conviver com histórias semelhantes à sua e com um final feliz. Quer ver o cotidiano, as relações autênticas, ser menos invadido e mais incluído na comunicação das marcas”, acredita Flávio Mendes, sócia da Ube Entertainment, empresa especializada em entretenimento para marcas.

Prova desse interesse é um projeto em andamento da empresa que, segundo Flávio, está sendo disputado por diversas marcas pelo sua capacidade de falar com públicos “de todas as classes, ao mesmo tempo, e com linguagens de comunicação distintas com os targets, nos diferentes eventos”. A Ube Entertainment é a responsável por cuidar da captação da Ópera Bayreuth de Richard Wagner, que será trazida ao país pela primeira vez em razão das comemorações do Ano Brasil/Alemanha, em 2013.

Ele conta que essa é apenas a quarta vez que o espetáculo sai do país de origem para ganhar um palco no exterior em um século. “As marcas querem participar de uma forma mais próxima, explorar a oportunidade”, explica ele sobre o interesse das companhias no projeto.

Flávio Mendes apresenta, de 10 a 13 de setembro, o curso Entretenimento, que vai abordar entretenimento clássico, o brand entertainment & branded content, no Brasil e no mundo. Clique aqui para mais informações.

Fonte: Cultura e Mercado

Setor musical precisa afinar a gestão para continuar a crescer e movimentar R$ 1 bilhão

por Renata Cardoso

Imagine a trajetória de uma banda boa que por falta de harmonia entre os músicos começa a fazer apresentações mornas, frustrar o público e desagradar aos fãs. É mais ou menos dessa maneira que o setor de instrumentos musicais comporta-se nos últimos anos aqui no Brasil.

O segmento está em alta e a indústria nacional deve faturar em torno de R$ 700 milhões até o fim do ano. Esse resultado é escorado pelo crescimento de 11% nos últimos dois anos, segundo a Associação Brasileira da Música (Abemusica). O varejo deve movimentar mais em 2012: R$ 1 bilhão. O desafio agora é colocar a casa em ordem para manter e ampliar essa expansão.

Para isso acontecer, os empreendedores devem transformar o setor, que precisa deixar de ser ‘adolescente’ – guiado em boa parte de sua existência pelo amadorismo – e amadurecer. Caso contrário, será esmagado justamente pela falta de profissionalização. “A arte é para os músicos, não para quem tem uma loja. Quem trabalha com música deve se preocupar com o negócio”, explica Samy Dana, professor de economia da FGV-SP.

O varejo de instrumentos musicais conta com 1,5 mil pontos de venda no Brasil, mas a rua Teodoro Sampaio, em São Paulo, é o exemplo mais bem acabado de que o segmento precisa mudar. Lá funcionam 100 lojas especializadas que revezam-se em um abre e fecha constante.

Faltam metas e planos de negócios estruturados para minimizar as perdas provocadas por movimentos de escala mundial, como a crise econômica nos Estados Unidos, em 2008, e a que assola a Europa atualmente.

Foi justamente o caos na economia que provocou um revés na vida do empresário Vladimir Teixeira. Ele inaugurou, em 2001, a Hendrix World Music. A saúde financeira da pequena empresa estava boa. Mas aí o mundo entrou em recessão. “As pessoas pararam de comprar por causa da alta do dólar. Eu tinha que tomar providências e demitir pelo menos uma parte dos 70 funcionários, mas achava que a situação iria melhorar e protelava as decisões. Enquanto isso, as contas aumentavam”, relembra.

O desempenho das lojas não melhorou. E o empreendedor fechou unidades e demitiu funcionários. Para piorar, o registro que permitia a ele usar o nome Hendrix expirou e Vladimir envolveu-se em uma disputa judicial com os representantes do músico Jimi Hendrix – para retomar o negócio, o empresário optou por mudar a marca para VP Musical até o fim da disputa. “A Hendrix chegou a faturar R$ 2 milhões antes da crise”, relembra Vladimir.

Mais atento às necessidades e peculiaridades do setor que atua, o empresário decidiu cortar custos e recomeçar de forma mais modesta. “Ainda tem espaço para crescer, mas dessa vez terei o pé no chão. Hoje tenho apenas 15 funcionários.”

De acordo com dados da Abemusica, a participação da indústria nacional no segmento é incipiente e 90% do faturamento é composto pela venda de produtos fabricados fora do País.

Boa parte das novidades é apresentada ao público na Expomusic,maior feira do setor de instrumentos musicais da América Latina e que ocorre agora em setembro.

“O consumo de instrumentos tem características peculiares. As grandes marcas importadas são as preferidas”, explica Sinésyo Batista da Costa, presidente da Abemusica.

O fenômeno é explicável. A invasão de produtos estrangeiros teve o seu ápice na metade da década de 1990, quando o então presidente Fernando Collor de Mello promoveu a abertura econômica para o exterior. O panorama não alterou-se desde então e a indústria nacional perdeu força e também competitividade diante dos produtos fabricados principalmente na China.

O consumidor ganhou acesso a grandes grifes de equipamentos musicais e, com isso, aumentou o seu leque de opções no momento da compra.

Custo alto
Mas esse movimento cobra até hoje um preço alto desses mesmos clientes. Culpa da alta carga tributária. O jeito encontrado foi comprar no exterior, onde o custo para o consumidor final cai sensivelmente.

“O brasileiro já tem renda para comprar, mas ele vai fazer isso da forma mais vantajosa”, afirma René Moura, proprietário da importadora Royal Music. “Não faz sentido pagar R$ 5 mil por uma guitarra se com esse valor ele consegue ir até os Estados Unidos, aproveitar a viagem e ainda comprar o instrumento? ”, analisa o empresário.

E a culpa, para René, recai mesmo sobre os impostos. “O sistema brasileiro é nosso principal concorrente, pois com as altas tributações, fica mais atrativo comprar fora, mesmo sem o consumidor ter a garantia de contar com a assistência técnica disponível no País”, complementa.

Em atividade há mais de 20 anos, a Play Tech, hoje com cinco lojas físicas e uma virtual, atribui sua longevidade justamente à gestão empregada no negócio.

Marcelo Maurano, que administra a empresa, aprendeu com o pai, Pedro, a pensar no longo prazo e em todos os detalhes do empreendimento. “Sempre tem loja abrindo ou fechando. Normalmente, elas fecham porque foram muito imediatistas. Os donos muitas vezes nem levam em consideração a valorização imobiliária da região”, conta.

Ao falar sobre sua experiência, Marcelo deixa um ensinamento para os empresários do setor: planejar é mais do que preciso, é fundamental.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Roger Waters é o campeão de bilheterias em shows no 1º semestre do ano 10

por Ronald Grover

Roger Waters durante turnê "The Wall Live" em São Paulo

Os shows da turnê “The Wall Live”, do ex-Pink Floyd Roger Waters, faturaram US$ 158,1 milhões nas bilheterias do mundo todo no primeiro semestre deste ano, superando as apresentações de Bruce Springsteen e Madonna, eternos líderes desse ranking.

Waters, que gravou com sua antiga banda do clássico disco “The Wall”, na década de 1970, atraiu mais de 1,4 milhão de pessoas aos seus shows neste ano, segundo a “Pollstar”, que monitora essas cifras.

A turnê “Wrecking Ball”, de Springsteen, que começou em março, ficou num distante segundo lugar, com US$ 79,9 milhões em ingressos vendidos.

Lady Gaga, Coldplay, Madonna e Paul McCartney também estão subindo aos palcos neste ano, contribuindo para uma alta de 1,2% nas vendas de ingressos para os cem maiores shows realizados nos Estados Unidos. Somados, esses espetáculos venderam 18,6 milhões de ingressos, num valor de US$ 1,1 bilhão.

Refletindo a crise econômica nos Estados Unidos, o preço médio dos ingressos caiu de 67,02 para 60,68 dólares, menor valor desde 2007.

O espetáculo mais rentável nos EUA foi o musical “Michael Jackson: The Immortal”, do Cirque du Soleil, que faturou US$ 78,5 milhões. Waters ficou em segundo nesse mercado, com US$ 61,9 milhões.

A “Pollstar” disse que Springsteen tem tudo para fechar o ano na liderança mundial do seu ranking, pois a turnê “The Wall Live” já está para terminar, enquanto a “Wrecking Ball” vai se prolongar. Madonna corre por fora, pois ainda não levou sua atual turnê à América do Norte.

Fonte: Uol

Mercado editorial brasileiro cresce 7,36% em 2011

Levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), indica que o setor cresceu 7,36% em faturamento em 2011, na comparação com 2010, para R$ 4,84 bilhões. Sem o efeito da inflação (6,5% pelo IPCA), contudo, o aumento real foi bem mais modesto, de 0,81%

Os dados da pesquisa “Produção e vendas do setor editorial brasileiro” também revelam que o número de títulos editados no ano passado subiu 6,28%, alcançando 58.192, e o total de exemplares vendidos cresceu 7,2%, para 469,47 milhões. Já o número de exemplares produzidos aumentou 1,47%, para 499,79 milhões.

As vendas de livros para o governo impulsionaram o faturamento do setor, com aumento nominal de 21,2%. Em relação às vendas ao mercado, que incluem as livrarias e demais canais de distribuição, o faturamento apresentou crescimento de 3,02%.

Para Karine Pansa, presidente da CBL, 2011 foi um ano ruim para todos os setores da economia se comparado ao anterior. “Livro não é produto de primeira necessidade, como o arroz e o feijão, e vai ser o primeiro item a deixar de ser comprado.” Mas ela ressalta que o mercado está seguro. “Estamos vivendo um momento de estabilidade com tranquilidade por saber que o mercado está estruturado para se manter mesmo em momentos difíceis”, declarou Pansa.

O segmento de livros científicos, técnicos e profissionais (CTP) obteve ótimo crescimento, faturando R$ 910 milhões contra os R$ 739 milhões de 2010. O aumento, de 23,10%, pode ser relacionado ao boom da educação superior, expresso no aumento de estudantes universitários e numa maior demanda por livros técnicos.

Nesta edição da pesquisa, 178 editoras participaram, sendo que 128 haviam participado também do levantamento de 2010, que contou com 141 empresas. Segundo Leda Paulani, coordenadora do estudo, a amostra deste ano responde por cerca de 20% do número total de editoras do país e por quase 60% do faturamento do setor.
E-books – A venda de livros digitais representou 0,2% do faturamento global do mercado de livros brasileiros. De acordo com a pesquisa, foram colocados no mercado 5,2 mil títulos de livros digitais, o que representou um crescimento de 50% sobre a base de títulos existente no fim de 2010. Ao todo, esses e-books faturaram R$ 870 mil.”Esperamos que a vinda da Amazon e outras livrarias como a da Apple ajude a desenvolver o mercado brasileiro que ainda é muito pequeno”, disse Sônia Jardim, presidente do Snel.A maior parte dos títulos digitais é de obras gerais, o que engloba os títulos mais vendidos ao público jovem, que respondeu por 4,1 mil dos 5,2 mil titulos lançados no ano passado. De acordo com Karine Pansa, o mercado editorial corre contra o tempo para atender uma demanda que já é maior que a oferta.
A íntegra da pesquisa deve ser disponibilizada no site da CBL nesta quinta-feira (12/7), apenas para associados da entidade.
*Com informações do jornais Valor Econômico e O Estado de S. Paulo e da Publishnews
Fonte: Cultura e Mercado

A quantas andam as vendas de livros no Brasil?

Uma auditoria realizada pela GFK Brasil, nos primeiros cinco meses deste ano, mostra que do universo de 4.500 analisadas editoras analisadas, apenas 10 foram responsáveis por quase 30% do faturamento do mercado editorial no Brasil.

Para que se tenha uma ideia do levantamento, pioneiro por medir o mercado no ponto de venda ao consumidor, cinco destas 10 maiores editoras responderam, por exemplo, por 18% do total arrecadado com a venda de livros no varejo brasileiro, enquanto as três tops concentraram 12% do montante.

Dentre os 150.000 títulos verificados, 20 responderam por 8% do faturamento do setor. Já os dez títulos mais expressivos foram responsáveis por 5,8%, enquanto três deles contribuíram com 3,6% da arrecadação total.

O estudo levou em conta o cenário de vendas em livrarias, sites e diversos pontos de venda – como lojas de departamentos e hipermercados – que comercializam livros no País. Além dos livros tradicionais, também foram pesquisados e-books e áudio books em três categorias: Não Ficção (Direito, Medicina, Ciências etc.), Ficção (Literatura, Jogos) e Infantil Juvenil (ficção e não ficção).

“A divulgação de indicadores sobre o mercado editorial agora faz parte do escopo de trabalho da GfK no Brasil. Trazemos a expertise de nossas operações em 14 países, onde a apuração de dados junto a varejistas de livros já é uma prática consolidada. A expectativa é que esse levantamento seja contínuo para subsidiar a tomada de decisões estratégicas e táticas de editoras e livrarias”, explica Diogo Bettencourt, gerente de novos negócios da GfK Brasil.

A evolução das vendas no Brasil

O Painel de Livros da GfK Brasil procurou apresentar o perfil das vendas ao consumidor final realizadas no País. Em função disso, o mês de janeiro – considerado a base de 100% – é o que apresentou o maior volume de saídas de livros, já que agrupou dois fenômenos responsáveis pelo aumento da demanda: época de férias e procura por livros didáticos.

Mas ao longo do ano o volume diminui. Fevereiro registrou a queda mais brusca dos cinco meses analisados: 24,7%. Em março houve alta de 4,8% no total de unidades vendidas e abril foi marcado pela queda de 5,2% no volume de vendas, enquanto maio apresentou alta de 7,5%.

Basicamente entre janeiro e fevereiro houve uma queda no faturamento da venda de títulos da ordem de 20,6%. Entretanto no período, o preço médio do livro subiu 5,5%. E nos meses de abril a maio o faturamento voltou a subir em 5,6% enquanto o preço caiu em 1,8%.

A auditoria apurou também o comportamento das vendas por categorias, sempre tendo como base o mês de janeiro (100%). Em fevereiro, no segmento de não ficção, as vendas foram da ordem de 83%, com alta em março (90%), queda em abril (77%) e nova alta em maio (81%). Já nos livros de ficção a queda foi maior: 71% em fevereiro, 73% em março, 73% em abril e 78% em maio. Na categoria infantil e juvenil a oscilação das vendas registrou 73% em fevereiro, 78% em março, 79% em abril e 87% em maio.

A categoria mais importante, de janeiro e maio, tanto em volume de unidades vendidas quanto em faturamento, foi a de não ficção, que representou 71,7% do faturamento do mercado e 61% do volume de livros vendidos. Já em unidades, os gêneros mais vendidos foram Literatura Estrangeira (17% do total do mercado) e Infantil e Juvenil (15,5%). Em faturamento, o destaque ficou com Ciências (17,8%), seguido de Administração/Economia/Informática (16,4%).

“A taxa de analfabetismo no Brasil está caindo e isso possibilita ampliar o mercado consumidor. Por outro lado, o País apresenta distorções que dificultam melhorar o cenário. Enquanto o preço médio do livro de ficção aqui é de R$ 32,00, na França é de R$ 26,10. O de não ficção no Brasil custa em média R$ 49,40 e na França R$ 34,60. Já o Infantil/Juvenil – que no varejo brasileiro é vendido por R$ 28,60, em média –, é comercializado a R$ 18,50 na França”, explica Claudia Bindo, gerente de atendimento da GfK Brasil, ressaltando que o contraste fica ainda maior quando se analisa a média geral. “Se por um lado o preço médio do livro no Brasil é de R$ 45,00 e temos uma renda per capita média abaixo de R$ 30 mil por ano, na França o livro custa menos da metade do vendido aqui, enquanto a renda da população deles é três vezes maior que a brasileira”, conclui Claudia.

Fonte: Portal No Varejo

Mídia e entretenimento: gastos de US$ 1,6 trilhão

Consumo desses segmentos deve chegar a US$ 2,1 trilhões em 2016, liderado pela expansão digital

por Sergio Damasceno
O gasto global com serviços de mídia e entretenimento foi de US$ 1,6 trilhão no ano passado e deve chegar a US$ 2,1 trilhões até 2016, segundo o Global Media and Entertainment Outlook, realizado pela PricewaterhouseCoopers (PwC). Esse crescimento será sustentado sobretudo pelo crescimento da distribuição digital em oposição à distribuição física de mídia e entretenimento. O relatório da PwC aponta que os gastos desses setores no meio digital serão responsáveis por 67% do total nos próximos cinco anos. Os dados foram divulgados pelo site TechCrunch, da AOL.

Se a distribuição digital significa mais eficiência e menos gastos com entretenimento e mídia, a tendência de digitalização da distribuição ajudará alguns setores como o de música, que será puxado pelas compras digitais, e que crescerá em 2013, depois de anos em queda. Segundo o estudo da PwC, um terço de todos os gastos com música em 2011 foram de meios digitais, os quais ultrapassarão os meios físicos (sobretudo o CD) em 2015. Assim como os gastos com anúncios digitais para revistas de consumidores finais também ultrapassarão as despesas com anúncios impressos para esse setor.

O digital também continuará outros formatos antigos: os serviços de streaming de vídeo e over the top (OTT) responderão por gastos de UUS$ 11 bilhões em 2016 e ultrapassarão os gastos com TV por assinatura já este ano. A PwC registra ainda outros pontos: a circulação digital paga de revistas responderá por 6,5% da circulação total em 2016. Quanto aos livros, as publicações em papel cairão 11% enquanto o gasto com e-books aumentará 30,3% e chegará a US$ 20,8 bilhões em 2016, ou 18% do total desse segmento. Os EUA responderão por 61% de todo o gasto global com e-books.

Em relação apenas aos gastos gerados por consumo – de mídia e entretenimento – a conta chegará perto de US$ 1 trilhão em 2016 (serão US$ 966 bilhões). Os vídeos games serão o segmento com o mais rápido crescimento em gastos para o consumidor final nos próximos cinco anos, seguidos pelas assinaturas de TV paga. Serviços analógicos como revistas impressas entram em declínio. Em termos de infraestrutura, os gastos com acessos à internet (fixos e móveis) crescerão para US$ 493 bilhões em 2016, ante os US$ 317 bilhões gastos no ano passado. O acesso móvel, que já responde por 40% de todos os acessos de internet, chegará a 46$ em 2016. No mundo, são 1,2 bilhão de pessoas que acessam a internet por meios móveis e serão 2,9 bilhões até 2016. Na Índia, os acessos móveis serão de 50%.

Publicidade

A publicidade continua a crescer, mas em curva menor do que o registrado em 2007 e até mesmo em 2010. No ano passado, os gastos com publicidade cresceram 3,6%, ante os 7% de 2010, impulsionados principalmente pela Copa do Mundo e pelos Jogos de Inverno. Impacto semelhante devem ter os Jogos Olímpicos de Londres este ano. O gasto publicitário em 2011 foi de US$ 486 bilhões e deve chegar a US$ 661 bilhões em 2016. O crescimento da publicidade digital continuará a se sobrepor aos formatos tradicionais. Até 2016, a publicidade online crescerá a uma taxa média de 16%, com os anúncios de vídeo game com expansão de 11,2% ante apenas os 6,6% de publicidade na TV, de 3,8% no rádio e de 3,5% no segmento impresso. A publicidade móvel deverá chegar aos US$ 24,5 bilhões em 2016 (US$ 5,2 bilhões este ano).

O Brasil, cuja taxa de crescimento médio em entretenimento e mídia está calculada em 10,6% até 2016, deverá ultrapassar o Canadá e a Itália (passou a Coreia do Sul no ano passado) e se tornará o sétimo maior mercado no setor.

Fonte: Meio & Mensagem

Venda de músicas digitais cresce 8% em 2011 e atinge 31% do mercado

A indústria musical teve em 2011 o seu melhor desempenho em vendas nos últimos oito anos. Dados divulgados pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) mostram que a venda de músicas digitais ajudaram no crescimento geral da indústria, segundo o BGR.

A mídia física continua caindo em vendas, mas a queda de 8,7% registrada em 2011 foi inferior à de 2010, quando foram vendidos 13,8% menos CDs do que no ano anterior. Os discos de vinil, por outro lado, tiveram alta de 29% na comercialização.

Já a receita com venda digital de músicas teve um aumento de 8%, superior aos 5,6% registrados em 2010. Foram vendidas ao todo 3,7 bilhões de músicas pela internet, que foi responsável por 31% de toda a receita da indústria fonográfica no período.

O resultado positivo da indústria deve-se a serviços que trouxeram novas formas de se criar receita com a distribuição de músicas pela internet. O IFPI cita o Spotify, Rdio, MOG e Rhapsody como importantes sites para o mercado dos Estados Unidos, principalmente, onde a venda digital se tornou a principal forma de comercialização de músicas (51%).

Fonte: Olhar Digital

Em 2011, indústria fonográfica teve seu melhor desempenho ao longo dos últimos oito anos

por Eduardo Marques

Não é novidade para ninguém que a indústria da música vem sofrendo com a pirataria — muito por culpa da dificuldade em aceitar mudanças, vale ressaltar. Contudo, parece que o cenário, aos poucos, está se revertendo, já que 2011 representou o melhor desempenho do mercado fonográfico ao longo dos últimos oito anos.

As vendas físicas caíram “apenas” 8,7% — em 2010, a queda foi de 13,8%. Vale mencionar que, mesmo com a queda, a comercialização de vinil cresceu 28,8%! As vendas de faixas/álbuns digitais cresceram 19%, enquanto que as receitas digitais avançaram 8% — um aumento de 2,4 pontos percentuais sobre os números de 2010, representando agora 31% do total.

A Austrália foi o país que mais cresceu no mercado digital (60%); comparativamente, o Reino Unido cresceu 10%, enquanto os Estados Unidos, 8%.

Ao todo, os números da indústria caíram “apenas” 3%, o melhor desempenho dos últimos anos. De acordo com a IFPI (International Federation of the Phonographic Industry), serviços como iTunes (incluindo o iTunes Match), Spotify, Rdio, MOG e Rhapsody estão ajudando bastante na criação de novas receitas.

Fonte: MacMagazine

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